Uma nova janela

Olá! 

Como estão? Espero que muito bem! 
Como todo leitor ávido, de tempos em tempos passo por um momento de reflexão, e este mês refleti mais do do que nunca. 
Desde os 14 anos que guardo com muito amor meus livros, mas "alguns" anos já se passaram e nesse intervalo precisei fazer muitas doações por falta de espaço. 
Tenho um sonho, e deve ser o de milhares de leitores também, de ter uma biblioteca. Grande, com escadinha e tudo que tenho direito, mas embora seja muito grata pelo que tenho hoje, acredito que não terei muito espaço para guardar meus livros no decorrer dos anos. Já passaram várias idéias pela minha cabeça, muitas bem distantes da realidade, mas me serviram como uma desculpa para ganhar tempo e pensar nisso só depois. 
Mas o depois as vezes chega rápido. Entre muitos livros doados durante anos, eu tenho hoje 250, e mais uma vez meu espaço já esta bem limitado. 


Precisei fazer algo que, confesso estava receosa e até preconceituosa. Aderi ao leitor digital.
Meu receio e pre conceito esta diretamente relacionado ao fato de gostar do cheiro do livro, e da necessidade de tê-lo próximo, como uma posse mesmo. 
Meu marido, amigos e conhecidos sempre me diziam, na velocidade que você lê não vai ter como fugir, e embora eu esteja fugindo vigorosamente, concordei em dar um crédito.
Pesquisei, li tudo o que tem disponível, assisti vídeos, fui á lojas, esperei que alguém me falasse olhando no fundo dos meus olhos "não vale a pena", porém os pontos positivos são infinitamente superiores. Então comprei um. Estou na fase de adaptação, mas me surpreendo, pois tenho gostado e muito. As facilidades são muitas e o prazer da leitura existe na mesma intensidade. 
Sei que não vou conseguir deixar de comprar livros físicos, pelo menos os preferidos, mas a urgência será outra, e olhando pelo lado positivo poderei ter uma biblioteca "infinita", e o melhor carregá-la comigo. 
Espero que minhas experiências continuem positivas e gratificantes . 
Uma nova janela se abre para mim, e o que vejo através dela me faz sorrir. 
E vocês já se renderam? Me contem suas peripécias . 


Até mais, 

Ana Mel

Os Bridgertons - Julia Quinn

Olá

Como sabem o blog Na Janela da Jane é voltado para romances, principalmente os de época.  Pretendo nos próximos capítulos colocar as resenhas de todos os livros da Jane, e estou trabalhando para que seja um conteúdo rico e digno da grandeza das obras.
Porém, preciso, necessito urgentemente comentar sobre Os Bridgertons, livros que conquistaram meu coração. Acredito que muitos já os conhecem intimamente e espero que gostem do que vão ler aqui. E para aqueles que ainda não embarcaram nessa viagem, convido-os á desfrutar um pouco.
Desde que comecei a ler Julia Quinn notei que sua escrita é extremamente envolvente, possibilitando ao leitor a experiência de sentir os personagens de maneira muito forte em uma narrativa em terceira pessoa. Ponto esse que me fascina.
A cada livro, após os longos suspiros, seguidos de inúmeros “ai meu Deus”, sempre fico com a convicta impressão de que o próximo não poderá de maneira alguma superar o que senti durante a leitura, mas aí é que está a “cereja do bolo”, eu sempre me surpreendo, pois acabo amando ainda mais o próximo, e o próximo. Tem o que me fez suspirar mais, o que me fez rir do começo ao fim, o que me fez querer matar o personagem só um pouquinho, enfim, posso dizer que são todos meus preferidos, afinal de contas são Os Bridgertons, não tem como não amá-los.
Então vamos lá.
A história toda se passa na Inglaterra do século IXX, época em que os costumes eram rígidos. As mulheres só eram apresentadas á sociedade aos 21 anos quando debutavam; e esse momento tinha um único objetivo: o casamento, que para muitas significava a sobrevivência. Os rapazes, solteiros em idade para casar eram praticamente caçados pelas pretendentes, principalmente por suas mães, ávidas por bons acordos matrimoniais.
A família Bridgerton vive neste contexto. A matriarca Sra. Violet Bridgerton ficou viúva em sua 8º gestação ainda jovem, mas diferente de muitos relacionamentos que tinham como base a conveniência, ela viveu uma história de amor, assim embora seja a típica mãe casamenteira, é muito fácil se apaixonar por ela, porque é o símbolo de mãe amorosa, cuidadosa, leoa, que acima de tudo e de todos, e algumas vezes até dos bons costumes, quer ver seus filhos felizes.
Cada livro conta a história de um filho, então são muitos livros para se deliciar.


Livro 1, O Duque e eu, tem como personagens principais Daphne Bridgerton a filha mais velha dentre as mulheres e a quarta na árvore genealógica, e Simon Basset, o duque de Hastinsgs. Daphne é a típica moça simpática, fácil de fazer amizade, que conversa de maneira aberta e descontraída, que é vista como a amiga perfeita, porém não desperta o interesse dos pretendentes, além de afugenta aqueles que estão longe do que idealiza como seu marido.  Simon Basset assume a posição de Duque de Hastings após a morte de seu pai, que diga-se de passagem é a personificação de o pior pai do século, o mais detestável. Simon carrega consigo os fantasmas do passado, e esses dominam muitos aspectos de sua vida, e um deles é o que diz respeito ao casamento. Assim ele, um solteiro cobiçado por sua posição, posses e beleza, foge á léguas das famosas mães casamenteiras e suas belas e talentosas filhas, prontas para o sim do altar. Ao conhecer Daphne, que é irmã de seu melhor amigo desde o colégio, o Anthony, Simon nota nela valiosas características. Bonita, mas não a mais estonteante, de conversa produtiva e principalmente, que não demostrava ser uma ameaça no quesito casamento. E é ai que a brincadeira começa, pois ele teve a brilhante ideia de unir o útil ao agradável, propondo algo no mínimo curioso, anunciar á sociedade Londrina seu compromisso com Daphne, assim ficaria livre das danças e cortejos intermináveis, e tiraria a donzela da fatídica categoria de solteira e a promoveria para pretendente do Duque. É o famoso caso em que ninguém quer brincar até que alguém pegue o brinquedo.
Mas, o feitiço vira contra o feiticeiro, e eu posso garantir que a intensidade do romance não permite que o livro seja abandonado sequer por alguns instantes. A trama é repleta de superações pessoais, autoconhecimento, e extermínio de fantasmas do passado, tudo regado há muito amor, paixão e desejo.  
Livro 2, O Visconde que me amava, conta a história do primogênito Anthony, rapaz extremamente  responsável e dedicado  quando o assunto é sua família. Com a morte do pai no início da sua fase adulta, Anthony sente-se incumbido de proteger a todos, e garantir a prosperidade da família Bridgerton. Quando decide que está na hora de se casar para simplesmente cumprir o que se espera dele como chefe de família, escolhe a dama que mais se encaixa em seu modelo de esposa ideal dentre as disponíveis na sociedade. E é claro que como todo homem, a escolhida foi a mais bela da temporada, aquela de beleza ímpar e requisitos satisfatórios para preencher a posição de Viscondessa. A felizarda foi Edwina Sheffield, só que ele não contava que para isso teria que passar pelo crivo rígido da meia-irmã mais velha Kate Sheffield, a quem Edwina entregou a responsabilidade de aprovar seu futuro marido.
Kate já tem um pré-julgamento muito duro de Anthony, baseado em relatos de uma famosa e anônima colunista londrina, que sempre o intitulou de libertino, adjetivo não era muito bem aceito por ela, mesmo que este tenha ficado no passado.
 E nesse meio tempo, quando tudo o que ele quer é “domar a fera” e casar com a bela que ele acaba notando que Kate  é tudo o que ele quer como esposa, não só por conveniência, mas sim por amor. Muitas dúvidas surgem de ambas as partes, medos, inseguranças, tudo que contribui para que construam um relacionamento forte e lindo. E neste caso posso dizer que foi a rã que virou princesa, a não tão bela se destaca por outras características muito mais relevantes e no fim era tudo o que ele mais precisava.
Livro 3 , Um perfeito cavalheiro, tem como personagens Benedict Bridgerton (o segundo na árvore genealógica)  e Sophie Beckett filha bastarda de um conde. Benedict é o típico sonhador, que tem como medo mais profundo, passar pela vida sem conhecer o amor. Sophie, por ser bastarda, vive uma vida difícil, primeiramente sendo criada como pupila do conde, tendo acesso á educação, um lar e boas refeições, o que a levou a ser uma dama de postura e modos, mas que porém não conheceu o afeto do pai. Ao se casar com uma viúva que trazia consigo duas filhas, o conde condena a vida de Sophie ao isolamento e humilhação. Após a morte do pai, o que era ruim fica ainda pior, pois sua Madrasta (enfatizando bem a sílaba má) faz dela sua empregada,  e de bastarda pupila passa a escrava da Megera. Até aqui essa narrativa soa familiar? Pois assim começa a versão de Cinderela que mais amei.
A família Bridgerton, muito conhecida e respeitada na sociedade, promove uma grande festa, na verdade um baile de máscaras, e embora não apareça a fada madrinha e muito menos a abobora o desenrolar é o mesmo. Uma criada que tem um afeto por Sophie a produz, com um lindo vestido guardado no baú da família e uma máscara que nada revela de seu rosto, deixando-a linda e deslumbrante para desfrutar de um momento mágico que poderia ser o único de sua vida.
Nesta festa Sophie conhece Benedict, que se encanta primeiramente, com o comportamento da dama, que em comparação com as demais vivencia a magia da festa com encantamento e não em busca de pares para danças e futuros maridos.
Eles vivem momentos intensos em um curto período, pois como em Cinderela o badalar da meia noite encerra a fantasia. Sophie precisa sair da festa antes que sua madrasta, e assim vai embora deixando Benedict com nada mais que a curiosidade e a sensação de ter finalmente encontrado o amor de seus sonhos. A única lembrança e pista é uma luva com um brasão de família  que ficou em suas mãos quando Sophie partiu, porém ele não consegue encontrar sua dama misteriosa e vive todos os dias durante um longo período, esperando encontra-la.
Assim um longo período se passa até que os caminhos se cruzem novamente. Benedict á protege e salva em um momento muito delicado, porém não a reconhece. Como um bom cavalheiro que é oferece abrigo e um emprego na casa Bridgerton  para que ela não fique desamparada.
Sophie mesmo sendo uma criada, possui postura e refinamento de uma dama, um caráter admirável além de ser muito bonita. Antes que possam ir até Londres ficam hospedados em uma das propriedades da família. Benedict passa por um forte resfriado e é cuidado com muito carinho por Sophie que o ama intimamente. E é nesse cenário que surgem as primeiras fagulhas. Ele sente uma enorme atração por ela, porém tem a esperança que sua dama misteriosa volte um dia e o faça o homem mais feliz do mundo. O que lhe resta é propor a ela que seja sua amante, com garantia de um lar, comida e tudo o que ela quiser, por toda a vida. Mas não é esse o sonho dela. Embora seja ele o seu amor ela tem sua dignidade e não abrirá mão nem mesmo por ele. Aceita somente o emprego, pois necessita muito. Quando conhece a família Bridgerton tem uma amostra do que é o amor em um seio familiar, e  fica mais difícil resistir aos encantos de Benedict.
O desfecho é marcado por muito desejo, um amor revelador desprovido de títulos e rótulos, além de possuir uma narrativa muito engraçada. Mesmo não revelando com detalhes como termina, só posso garantir que a Cinderela convencional fica no chinelo.
 Livro 4 , Os segredos de Colin Bridgerton , conta a história de Penelope Featherington fadada a ser o patinho feio da sociedade e Colin Bridgerton, o rapaz encantador capaz de arrancar longos suspiros.
Penelope é apaixonada por ele desde que debutou, ou seja, há alguns anos, e tem a convicção de que para Colin nada mais é que a grande amiga de sua irmã Eloise,  e a quem ele sempre convida para dançar por ser obrigado pela mãe.
Com o passar dos anos Penelope torna-se uma mulher agradável, inteligente, intrigante e que carrega o pesado título de solteirona sem ter nenhum pretendente sequer. Colin é um rapaz que ama a família, mas sente que precisa descobrir seu papel no mundo, e por esse motivo passa sempre longos períodos fora, viajando pelo mundo. Aos 33 anos a necessidade de voltar e permanecer em Londres para o famoso “sossegar o facho” está cada vez mais forte.
Colin e Penélope descobrem que podem ser grandes amigos, conversar abertamente, o máximo permitido pelos bons costumes claro, e mostrar um para o outro a verdadeira essência de cada um.
A história é repleta de segredos e desfechos maravilhosos. A descoberta do amor por Colin é deslumbrante e a realização de Penélope por viver um grande amor, é digno de contos de fadas. Esse livro mostra o quanto o amor leva uma pessoa a amadurecer, se descobrir e se aceitar.

Enfim, por hoje vou parar por aqui, mas prometo que coloco em breve os demais livros.
Para aqueles que ainda não leram, eu digo, vale cada palavra lida, cada emoção sentida.

Até mais

Ana Mel

Viagem no tempo

Olá! 

Minha mãe sempre me falou, desde pequena, "você não pertence ao seu tempo". 
Eu sempre gostei de músicas antigas, filmes e livros de época. Ainda adolescente me apaixonei por Orgulho e Preconceito e O Morro dos Ventos Uivantes, ao ponto de ouvir Kate Bush cantando Wuthering Heights no último volume, enquanto minha geração vibrava com Backstreet Boys e Hanson. 
Sou do tipo que se encanta por um objeto antigo e toda sua história e significado além do tempo; o que não ocorre em relação à um celular de ultima geração.
Se fosse possível uma viagem temporal, eu iria para o passado com toda certeza. 
Mas, como isso não é factível a não ser através da imaginação, nada melhor do que deixar fluir.
Assim eu fiz. Depois de algumas pesquisas, conheci o fotógrafo  Fernando e seu trabalho com fotografias de época. 
O estúdio está localizado dentro do Museu da Imigração da Moóca, e conta com várias opções de vestimentas e acessórios de meados do século XVIII e IXX. As fotografias são feitas respeitando o máximo possível dos costumes da época.
Tudo parece tão natural, que fica fácil se curvar em cumprimento e conversar de maneira cortês. 
Através das fotografias consegui viajar um pouco nesse sonho e amei o resultado. 
Para aqueles que desejam conhecer um pouco mais  o site é www.retratosdeepoca.com.br, ele possui perfil do Facebook www.facebook.com/RetratosDeEpoca/ e Instagram . Aos sábados a entrada no Museu é livre.



P.S.: o livro da foto é da Jane Austen, não resisti! 

De fato uma experiência sublime!

Até mais,

Ana Mel




Aquele momento só seu.

Olá

Sabe aquele momento só seu? Quando você se permite sair da realidade e explorar outros mundos, outras épocas e viajar para longe?
A cada dia que passa esse momento têm deixado de existir, pois a vida cotidiana está cada vez mais movimentada, tudo necessita de pressa, não conseguimos “parar para respirar” muitas vezes, e somos levados por nossos compromissos e responsabilidades.  
Compromissos e responsabilidades vão sempre existir, a maneira como encaramos e conduzimos a situação é que pode fazer a grande diferença.
Então se permita! Tire um tempo para você, faça o que te dá prazer, o que te satisfaz. Pare e respire bem fundo, e tente lembrar qual é o seu papel, quem é você neste mundo.
Eu amo ler, isso é minha válvula de escape, mas cada um conhece a sua fuga. Seja assistindo filme, jogando uma pelada com os amigos, passeando no parque, indo à academia, jogando futebol de botão como avô, não importa, o que realmente interessa é que com esses simples gestos você se reencontra e consegue dar um pouco mais de sentido as coisas. Consegue pensar e refletir. 
Já notou que algumas coisas são resolvidas justamente quando não estamos mais pensando nelas? Pois damos o tempo que nossa mente precisa para refletir com calma.
Somos diferentes e isso nos faz especiais, não podemos deixar que nossa essência seja sugada  e substituída pelo o que o  mundo espera de nós . Temos sim que saber o que podemos dar de melhor para o mundo e isso só poderemos fazer se formos capazes de dar o mínimo de melhor para nós mesmos.
Hoje eu me permito. Vou começar a minha viagem literária, garanto que voltarei dela bem melhor!


Até mais


Ana Mel 

A Bela e a Fera- um lindo romance


Salut

Encantada é a palavra que me define hoje, e não poderia deixar de transmitir essa emoção.
O Romance nada mais é que um conto de fadas francês que foi publicado por Gabrielle Suzanne Barbot em 1740, e ficou mais conhecido quando foi resumido por Madame Villeneuve e publicado em 1756 na França. A primeira versão Inglesa surgiu em 1757, ou seja, estou falando de um lindo Romance de Época sim, que em sua magnitude encantou e conquistou crianças, jovens e adultos por muitos anos. É claro que já devem saber o nome desta belíssima obra não é? Originalmente La Belle et la Bête, conhecida por nós como A Bela e a Fera.
Dos desenhos da Disney, este foi o que me conquistou. Quando foi lançado, em 1991, estava com sete anos e  me apaixonei pela Bela, mas era muito jovem para identificar algo mais profundo que alimentasse tal admiração .
Com o tempo percebi que eram os sonhos que tínhamos em comum. O amor pela leitura, o sonho de ter uma enorme biblioteca, com escadas (sonho que tenho até hoje) e principalmente a convicção de que queríamos mais que a vida no interior (ah sou de Mairiporã).
Eu sonhava em  viver num mundo bem mais amplo, com coisas lindas para ver, e o que mais queria ter, era alguém para me  entender, pois tinha tantas coisas a fazer...
Certamente os apaixonados por esse conto notaram que esta é uma citação de uma das muitas canções da adaptação da Disney, mas dividindo com vocês, eu sei todas, e por mais que muitos anos tenham se passado, e não assisto mais com a frequência que assistia na infância, ainda tenho as letras bem nítidas na memória.
Mas o que me fez escrever sobre isso, foi á nova adaptação do cinema que tive o prazer de assistir hoje.
Sai da sala com a melhor sensação possível, pois superou todas as expectativas; os efeitos são magníficos e as canções foram preservadas. A emoção foi transmitida de maneira tão profunda que não deu para conter as lágrimas, e confesso “me debulhei”.
Aqueles que são apaixonados pelos romances simples e puros, vão gostar.
Já assisti outras versões e todas têm seus encantos, mas esta ficará marcada com toda certeza!

À bientôt! 

Ana Mel 







Evento Editora Arqueiro - Romances de Época

Olá 


A Editora Arqueiro em parceria com a Saraiva, estará realizando no dia 8/4 diversos encontros com o tema Romances de Época
Na cidade de São Paulo o encontro será na Saraiva do Morumbi Shopping ás 15 horas. 
No evento ocorrerá a divulgação dos lançamentos mais recentes além do que vem por aí. E claro, muitos brindes serão sorteados! 

Eu vou com certeza. Espero que vocês também 



Até mais 

Ana Mel 

As mulher e os livros. Conquista que caminha ao esquecimento!



Parece um pouco clichê abordar esse assunto, mas é algo que apresenta grande relevância neste século. Sabe-se que na sociedade antiga a escrita estava diretamente relacionada á hierarquia, somente sacerdotes e escribas tinham esse privilégio e a leitura era feita por estes em voz alta em suas reuniões.
A leitura individual ou leitura silenciosa, só teve inicio na Idade Média com os monges através da necessidade de estudar os manuscritos.

Com a chegada da era do romantismo no século XVIII a leitura tornou-se um hábito popular, porém com uma conotação de maior importância para os homens. A leitura feminina era classificada como sem propósito, visto que estas preferiam os romances, enquanto que para os homens os livros tinham mais “conteúdo”.
Mulheres não poderiam buscar conhecimento através da leitura, tratava-se somente de uma ocupação, um passa tempo banal, mas que gerava certa preocupação, pois não poderia ser algo que incentivasse demasiadamente a imaginação.
Mulheres só poderiam ler em silencio e de preferencia em ambientes familiares, não eram bem vistas quando liam em público.
Com o passar do tempo e a possibilidade de frequentar escolas e bibliotecas públicas as mulheres conquistaram aos poucos a liberdade na leitura, e sou muito grata por isso.
Em uma pesquisa realizada pelo Instituto Pró Livro, mulheres leem mais que os homens no Brasil, em torno de 4 livros por ano.
Mesmo com toda essa conquista feminina, há um ponto muito importante que quero abordar e que é o centro desta publicação.
De acordo com o  Painel das Vendas de Livros do Brasil, realizada pela Nielsen BookScan Team sob encomenda do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), analisando o período de Janeiro a Novembro de 2016,  a queda no volume de livros vendidos foi de 13,21%, e no faturamento, de 4,78%.
Uma queda muito expressiva, onde nem os clássicos e fenômenos do momento conseguiram se sobressair.
Deixando de pensar somente em números e faturamento, a grande preocupação é o quanto a juventude atual valoriza a leitura. Não é difícil de notar, principalmente para aqueles que possuem jovens na família, e estou falando de um publico de 13 a 25 anos, que a busca por entretenimento é bem diferente de um passado remoto.
Os jovens de hoje, independente de gênero, acreditam que já que a maioria dos livros, principalmente os best sellers tornam-se filmes de sucesso, não há necessidade de ler o livro, pois com o  filme não é preciso imaginar e esperar muito para saber o que acontece no final.
Particularmente gosto de filmes baseados em livros, mas tenho uma opinião muito convicta de que nada pode ser melhor do que a imaginação quando lemos um livro. A riqueza de detalhes, a explosão de sentimentos. Fechar um livro só para parar e refletir sobre um trecho, brigar com o personagem principal, suspirar, chorar e voltar a ler para sentir tudo de novo na mesma intensidade.
Acredito que tudo o que foi conquistado durante a história, no que diz respeito á literatura e a liberdade de ler o que bem quisermos, está ameaçada pela facilidade de nos acomodarmos e assistirmos a um filme.
Eu amo o Filme Orgulho e Preconceito, assistir ao pestanejar de Darcy quando se declara para Elizabeth é lindo, porém ler essa mesma cena com todos os detalhes que Jane Austen escreveu, nunca em nenhum momento ou era fará jus ao sentimento.
Espero que o amor por livros não seja perdido ou substituído, e que o prazer de viajar na leitura sobreviva através dos tempos.
É o que espera essa apaixonada leitora que lhes escreve.

E para elucidar o que acabo de defender segue o trecho:

“...Darcy conservou-se sentado durante alguns instantes e depois, levantando-se, pôs-se a passear pela sala. Elizabeth estava espantada, mas nada disse. Após um silêncio de alguns minutos, aproximou-se, agitado, e disse:
- Em vão tenho lutado, mas de nada serve. Os meus sentimentos não podem ser reprimidos e permita-me dizer-lhe que a admiro e a amo ardentemente...
...ele concluiu descrevendo a força da sua afeição, que, apesar de todos os seus esforços, não conseguira dominar; e exprimiu a sua esperança de ver essa afeição recompensada pela aceitação de Elizabeth.
Orgulho e Preconceito (Jane Austen)

Espero que tenham no mínimo, suspirado!

Até mais

Ana Mel

Julia Quinn - autógrafo

Olá

 
Falando de Julia Quinn, não poderia deixar passar em branco meu momento tietagem (kkkk).
No dia 9 de março a Saraiva do Shopping Pátio Paulista promoveu um encontro com a autora, e com direito a autógrafos claro.
Foi um momento inesquecível, estar perto de uma grande autora e tentar transparecer no semblante um pouco da emoção e amor por suas obras é magico!
A Julia é extremamente simpática, uma verdadeira Lady.
E aí está meu autógrafo, que com toda certeza será guardado com muito carinho .

Até mais

Ana Mel

Falando um pouco da Julia

Olá


Sabe aquele livro (no caso uma coleção inteira) que deixa sua respiração acelerada, te transporta de maneira tão inebriante para a história que você não tem outra alternativa a não ser devorar até a última página e sair correndo para comprar o próximo? Então estou falando dos livros da Julia Quinn , autora da série Os Bridgertons com 9 livros e Quarteto Smythe-Smith com 4 livros, publicados pela editora Arqueiro.
A autora possui uma escrita muito rica e envolvente, o leitor consegue captar o sentimento de todos os personagens a cada linha e não há como não se envolver.
Acredito que aqueles que são apaixonados pela Jane vão se envolver muito com os livros da Julia, pois traz o cenário de romances antigos, com a cultura da época e um pouco mais.....
Sabe aqueles beijos que só ficaram na nossa imaginação entre Elizabeth e Darcy por exemplo, Julia explora esse universo, respeitando os costumes da época, como se guardar para a noite de núpcias é claro, mas levando o leitor a espiar pela janela quando chega esse momento mágico.
Enfim, vale muito a pena ler a coleção toda e suspirar pelo resto da vida .


Até mais

Ana Mel

Na Janela da Jane


Olá!  


Acredito que muitos dos leitores, apaixonados fervorosos do mundo literário, em algum momento se depararam com Jane Austen, através dos livros ou até mesmo dos filmes e séries que tiveram a vida e obra da Jane retratadas.
Eu sou uma destas pessoas. Jane não foi meu primeiro contato com a literatura, mas é a figura que me representa, a quem dou os créditos de preferida, ontem, hoje e sempre.
Tenho muitos autores a quem devoto uma parte do meu coração, mas se no jogo de perguntas e respostas rápidas, me questionarem autor(a) preferido (a) certamente será ela quem virá primeiro.
Na janela da Jane é de onde quero olhar o mundo, acreditar que mulheres fortes existem, que o amor pode sim respeitar e entender, e que podemos viajar para onde nossos corações nos mandarem, sempre.
Espero que possamos dividir muitas coisas boas, tudo o que o universo literário nos permitir, e olha que acredito que para isso não há nada menos que o infinito.

           Até mais  




Ana Mel 

Amor pela Austen

Na Janela da Jane